Há tempos venho pensando em escrever algo sobre o assunto aqui no blog. A polêmica presença do Pr. Marco Feliciano na Comissão de direitos humanos tem trazido a tona a discussão sobre este tema. Pensei muito, li muito e poderia ter escrito algo com minhas próprias palavras, no entanto enquanto pesquisava sobre o assunto encontrei alguns textos que refletem meu pensamento e/ou que me fizeram pensar sobre, e aqui estou, para compartilhá-los com vocês.
Todos os cristãos já conhecem a visão conservadora e tradicional sobre a homossexualidade , mas se você tem alguma dúvida ou não conhece ainda indico a leitura de dois textos que tratam do assunto:
Texto 1: A homossexualidade e o Cristão
Texto 2: Homossexualismo: Uma Análise Bíblica
(PS: que se saiba que o termo correto a ser usado não é homossexualismo, mas sim homossexualidade, no entanto não alterei a escrita original do título do post citado.)
Agora que já conhecemos o pensamento tradicional cristão, eu convido à vocês a refletirem sobre o assunto sob um outra ótica. A pensar no ser humano por trás do “rótulo” que a sociedade impõem e pensar nas atitudes de Jesus Cristo diante dessas pessoas.
São três textos. O primeiro texto foi escrito por Dani Marques a administradora do Blog Salve meu casamento. O texto traz um pedido de ajuda a determinados líderes Cristãos (dos quais ela obteve resposta de alguns) e um pensamento de alguém que rompeu a barreira do preconceito e tentou entender o outro lado da história. Os dois seguintes são as respostas (e o ponto vista, diante do contexto bíblico) de Rubinho Pirola e Caio Fábio. Seguem os links para os textos e alguns trechos que me chamaram a atenção.
Conversei com diversos homossexuais, alguns assumidos e outros não. Uma boa porcentagem sofreu algum tipo de abuso, mas a maioria disse ter tido um bom relacionamento com os pais e uma ótima estrutura familiar. Inclusive, muitos foram criados dentro da igreja (o que normalmente só piora a situação).
(...)
Mas você vai dizer: "Dani, Deus jamais criaria um homossexual!" E eu te respondo com algumas perguntas: "E as crianças que nascem sem braços e pernas? E os que nascem sem cérebro? E os hemafroditas? E os que nascem com últero e pênis? E os meninos que desenvolvem seios e voz de mulher?" Poderia continuar, mas acho que já deu pra entender o raciocínio.
(...)
Sim, Jesus fala sobre casamento entre homem e mulher, entre o noivo e a noiva e etc. Creio também que o pênis, dentre outras coisas, foi criado para penetrar a vagina. Também aprendemos na escola, que x + x = mulher e x + y = homem. O que sai desse formato me é estranho, confesso. Mas diante dos relatos acima, da tortura sem fim em que vivem essas pessoas, não consigo não questionar: "E onde entra o amor?"
Como não acho em nenhum lugar na Palavra, qualquer endosso para a homoafetividade, continuo a pregar a graça e deixo a eles, a questão de entenderem-se com Deus.
(...)
É preciso que a igreja saiba lidar com isso. E o fato é que não se consegue separar esse policiamento moralista da graça para com o que peca.
Tenho dito repetidas vezes que conheço aqueles que nasceram gays (esses são gays de fato); os que foram feitos homossexuais (em geral são vítimas de sexo homossexual com gente mais velha na infância; e vicia, como qualquer outra coisa; posto que o primeiro estímulo erótico objetivo veio de uma relação homossexual, o que, muitas vezes, “fixa” o padrão das pulsões da pessoa naquela área); e os que se fizeram gays (normalmente nem gays são, mas, por razões distintas, “optaram” por aquela inclinação ou desejo mesmo).
(...)
No Novo Testamento há algumas denúncias feitas aos efeminados e homossexuais, do mesmo modo que há contra os fofoqueiros, os facciosos, os inafetivos, os mentirosos, os feiticeiros, os falsos profetas, e os hipócritas. Ora, todas essas coisas, se absolutizadas como comportamentos e atitudes irredimíveis, colocam, virtualmente, todos sob condenação (até porque as listas são bem mais extensas, e vão de coisas comportamentais a realidades apenas interiores, como o espírito faccioso e inafetivo: “sem afeição natural pelos pais”, por exemplo).
(...)
Nesse caso, pessoalmente, levando em consideração que o Projeto do Principio (Gênesis) tem a ver com a união de macho e fêmea, homem e mulher, julgo que a liderança da comunidade deve manter tal referência, embora, na igreja, deva haver lugar e espaço para todos, até porque não é papel da igreja se meter na vida de ninguém que não tenha pedido opinião, desejando apenas estar no lugar e ouvir a Palavra, como qualquer outro ser humano.
O meu intuito aqui não é gerar confusão, mas sim reflexão. Apresentei diferentes visões e reflexões sobre um mesmo assunto, mas são opiniões. Leia a bíblia (e outros estudos), ore a Deus, peça sabedoria e discernimento a ele na construção de seu pensamento.
Pessoalmente, como cristã acredito na relação homem e mulher e na família formada por pai, mãe e filhos. Mas, acredito também, que devemos viver a nossa vida conforme acreditamos, pregar as boas novas da salvação, a libertação dos pecados e a cura (espiritual e física) em Jesus Cristo e ponto. Não estamos aqui para julgar o pecado de ninguém, o único que tem esse poder é Deus (Mateus 7. 1-6). Não devemos ser como os fariseus cheios de religiosidade e sem amor pelo próximo, e principalmente por aquele que comete pecado (Mateus 9. 9-13). Afinal de contas, se a prática homossexual é pecado e incomoda tanto, da mesma forma deveria incomodar a mentira, a fofoca, o mal testemunho, a hipocrisia e uma lista extensa de outras coisas. A homossexualidade incomoda tanto por que está relacionada a sexo, e aspectos relacionados ao sexo são tabus dentro da religião e tradados em diferença aos demais comportamentos igualmente (ou mais) condenados pela Bíblia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós. Opine, critique, discorde e debata, mas, sempre com educação e respeito.